"(2 Tm 2:15) 15Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade.
Sem a compreensão de para quem cada porção da palavra de Deus é dirigida, e com que propósito, não poderemos manejar bem a palavra da verdade. Sem a compreensão de que a revelação de Deus só ficou completa com o Novo Testamento, em especial com as epístolas dos apóstolos que trouxeram à tona mistérios desconhecidos até mesmo dos autores do Antigo Testamento, não conseguiremos entender que não há contradição na palavra de Deus.
A Paulo foram revelados ao menos nove mistérios que eram completamente desconhecidos antes:
O mistério do evangelho da graça de Deus:
“(Rm 16:25-26) 25 Ora, àquele que tem poder para confirmá-los pelo meu evangelho e pela proclamação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério oculto nos tempos passados,26 mas agora revelado e dado a conhecer pelas Escrituras proféticas por ordem do Deus eterno, para que todas as nações venham a crer nele e a obedecer-lhe;
o mistério do endurecimento de Israel por um tempo:
“(Rm 11:25-27) 25Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios. 26E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: "Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade.27E esta é a minha aliança com eles quando eu remover os seus pecados;
o mistério do arrebatamento e da ressurreição do corpo de Cristo:
“(1 Co 15:51-53) 51Eis que eu digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,52num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados.53Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal se revista de imortalidade.
o mistério do um só corpo, a Igreja:
“(Ef 3:1-9) 1 Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios;2 Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada;3 Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi;4 Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo,5 O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas;6 A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho;7 Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder.8 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo,9 E demonstrar a todos qual seja a comunhão do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo;
o mistério da cidadania ou vocação celestial do crente no corpo de Cristo:
“(Ef 1:3) Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.
“(Fp 3:20-21) 20A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.21 Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso;
o mistério do propósito de Deus de reunir todas as coisas em Cristo na dispensação da plenitude dos tempos:
“(Ef 1:9-10); 9E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo,10 isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos.
o mistério da graça de Deus:
“(Rm 6:14) Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça;
o mistério da identificação do crente com Cristo:
“(1 Co 15:1-4) Irmãos, quero lembrá-los do evangelho que preguei a vocês, o qual vocês receberam e no qual estão firmes.2Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão.3Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,4foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras;
o mistério da iniquidade:
“(2 Ts 2:6-12) 6 E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.7 Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado;8 E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;9 A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,10 E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.11 E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; 12 Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.
Não se conhece a palavra de Deus se não entendermos que existem diferentes patamares de conhecimento, e quando encontramos uma verdade no Antigo Testamento devemos buscar no Novo se Jesus diz: "ouvistes o que vos foi dito... eu porém vos digo". Nós aprendemos no Velho princípios para o nosso andar aqui, mas é do Novo que vem o entendimento desse andar.
Um exemplo é Provérbios, um livro de sabedoria para o homem vivendo na terra, e serve ao crente e ao incrédulo. A oração de Agur no capítulo 30 de Provérbios busca um caminho do meio entre pobreza e riqueza, dando suas razões para isso: Se for muito pobre poderá roubar, se for muito rico poderá se esquecer de Deus. A ênfase demonstrada na repetição da frase "filho meu" também demonstra termos ali princípios bastante apropriados para o homem na sua juventude, quando ainda não atingiu a idade adulta, ainda que isto não seja uma regra do texto.
Outro exemplo temos nas epístolas, um patamar mais elevado, pois a sabedoria ali é para o novo homem, que já não pede mais um meio termo entre riqueza ou pobreza, porém fica satisfeito com o que Deus determinar, inclusive com os extremos. O cristão já não avalia a si mesmo ou ao seu irmão com base no que tem ou não tem, pois Deus pode querer que uns tenham e outros não. O cristão vive no contentamento de ser suprido de acordo com a vontade de Deus, o que pode incluir apenas as suas necessidades, mas pode ser também de uma abundância que inclua as necessidades também de seus seus irmãos.
A riqueza ou pobreza não deve ser definida como certo ou errado, como puro ou impuro, preste atenção:
“(Marcos 15:43) "Chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus."
Veja em Isaias fala de José de Arimateia e de Nicodemus:
“(Isaías 53:9) E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte".
“(João 19:39) 39 E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis (34kilos) de um composto de mirra e aloés.
Foi no túmulo desse homem rico e influente que o corpo de Jesus foi sepultado, depois de preparado, às custas de Nicodemos, com 34 quilos de uma mistura de mirra e aloés. Na passagem não é revelado o custo dessa mistura, mas podemos imaginar que fosse de milhares de dólares em dinheiro de hoje. O frasco de alabastro que a mulher em Marcos 14 quebrou para derramar seu unguento e ungir a Jesus foi avaliado em 300 denários pelos discípulos, o equivalente ao salário de um ano de um trabalhador. Imagine o quanto Nicodemos gastou com 34 quilos de unguento.
É muito provável que Pilatos não teria recebido os pescadores discípulos de Jesus. Mas José de Arimateia um "senador honrado" tinha acesso ao governador, e Deus proveu um discípulo assim para aquela hora e também para doar o túmulo e o lençol para o corpo de Jesus e Nicodemos para pagar por todo aquele unguento. A soberana e vontade de Deus está presente em diferentes pessoas, postos na sociedade e situações. O cabe a nós é aprender a nos contentarmos com o que possuímos, seja na fartura, na falta, ou no equilíbrio como desejava Agur citado acima. Mas se ficarmos ancorados nos imobilizamos buscando apenas a sabedoria para a vida terrena, perderemos de vista o patamar mais elevado ao qual o apóstolo Paulo nos conduz em sua epístola aos Filipenses:
“(Fp 4:11-13) Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece."
Por isso ele diz que sabe estar contente em todas as situações, na epístola vemos Paulo se colocando em um patamar superior ao homem na terra, porque ele mostra de onde vem o poder para estar contente em qualquer situação.
Hoje muitos cristãos assumem para si as promessas de prosperidade feitas a Israel no Antigo Testamento, caindo no erro da cobiça e ganância. Querem ser ricos a todo custo e ainda buscam no Antigo Testamento versículos para tentar amparar suas concupiscências carnais. No outro extremo temos os que pregam a pobreza extrema, como algumas ordens monásticas do catolicismo. Não se engane: a carne gananciosa é tão ruim quanto a carne religiosa.
O homem sempre irá naturalmente querer poder e riquezas. Mas, por outro lado, o homem é também naturalmente religioso e existem aqueles que querem ser pobres para serem vistos como mais piedosos do que os que tem alguma riqueza. Todavia, seja na abundância, seja na necessidade, o cristão que tem sua mente nos céus pode dizer: "Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece"
Por Dirson JR
Sou cristão e tenho fé na obra expiatória de Jesus na cruz e no seu sangue como único direito de nossa aceitação perante Deus. Tenho fé que a Bíblia é a Palavra de Deus e é a única autoridade escrita na qual podemos nos apoiar. Reconheço o Senhorio de Jesus o Cristo, cabeça de seu corpo, que é a Igreja (Cl 1.18) sendo ELE o centro de minha vida, e que reconheço também a direção do Espírito Santo, nosso consolador,o qual nos guia a toda a verdade (Jo 16.13). O homem sem Cristo, está em seus pecados e é por natureza inimigo de Deus (Ef2.1-3), a salvação é um ato soberano de Deus (Ef 2.8), e que o homem é salvo mediante a fé, que é dom de Deus..
Esclarecimentos: O conteúdo deste blog traz indagações de cristãos sobre ensinamentos bíblicos, o intuito é esclarece-los baseado no que a Bíblia diz, tudo o que tenho aprendido com irmãos que não contradizem a Palavra de Deus e não colocam fermento em sua interpretação. As conclusões feitas aqui podem não se aplicar a todas as pessoas e situações. Não há a intenção de sugerir qualquer ingerência de cristãos na política e na sociedade, no sentido de exigir que as pessoas sigam os preceitos bíblicos. Os possíveis conflitos de opinião nao exime o autor de defender o respeito às pessoas de diferentes crenças e estilos de vida.
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