segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Mecanismos anticristão de obtenção de dinheiro nas igrejas



Esse é o discurso: Meus irmãos, Deus tem falado comigo, irmão eu tenho observado a sua vida, e Deus tem um propósito para a sua vida, o senhor quer e vai te abençoar, esse é o ano da virada em sua vida, eu sei que você tem semeado em oração, Deus tem visto a sua lagrima, Deus vai te dar uma nova oportunidade em seu trabalho, o Senhor falou comigo ao seu respeito, vai duplicar a sua renda, mas você tem que se santificar mais meu irmão você tem que vir na corrente da fé, na campanha da prosperidade, na semana de oração pelo impossível...

Se não te fisgar pela culpa, te pega no medo, se não for pela culpa e no medo vai te pegar na ganancia. É fácil enganar, mais fácil que vender droga, comercio de religião é pior que droga.

Veja que se você não alcançou a sua benção é por algo que você deixou de fazer, ou por que sua fé necessita de sacrifício para que Deus o abençoe, ou por que você deixou de dar o dizimo, descumpriu uma obrigação. Imagina que, é como se a nossa relação com Deus não fosse pela Cruz do Calvário, mas pela lei mosaica.

Falam de um Deus que pode te abençoar ou te amaldiçoar, ou seja, você tem que fazer a coisa certa para ele te abençoar, senão ele te amaldiçoa. A religião tem um potencial diabólico e é um campo para um oportunismo barato, nas mãos de um mal caráter, de alguém que não tenha nenhum compromisso com a Palavra de Deus, pode até parecer que tem, pode ter aparência de verdade, mas não a tem, serve de instrumento de manipulação e indução baseada na dor alheia. Isso é feito de forma escancarada em um número enorme de igrejas, e de forma sutil em outro imenso grupo de igrejas. Agora você é capaz de me dizer que essas formas de exploração não são do diabo, me diga se isso não é a forma de Satanás atuar fortemente no mundo, um culto a Mamon.

É por esses motivos e pelo abuso delas que muitas pessoas, inclusive eu, deixam durante muito tempo de ouvir a Palavra de Deus, por que como pode alguém que vive nesse mecanismo de exploração da fé, mediante a culpa, o medo e a ganancia, ter credibilidade, pode ser alguém de Deus.
(Jeremias 31:3) 3 De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí 
(Jonas 4: 2) 2 Ele orou ao Senhor: "Senhor, não foi isso que eu disse quando ainda estava em casa? Foi por isso que me apressei em fugir para Társis. Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar, mas depois te arrependes.
Os versículos acima mostram que o Deus do Antigo Testamento e no Novo Testamento é o mesmo, não há diferença, mas apenas meios diferentes de Deus lidar com povos distintos. Mas vejo acima o mesmo amor de Deus, que há na graça, que há nos salmos, “a misericórdia do Senhor dura para sempre”, “pode durar o choro o transcorrer de uma noite, no entanto a alegria vem pela manhã”.

Estou cansado de ouvir essa falácia, essa mentira, essa hipocrisia de que se você for fiel no dizimo Deus abençoará a sua casa. Deus não abençoa pela sua fidelidade, pela sua obediência, mas pela graça. Saiba que jamais você será credor de Deus, somos eternos devedores, saia desse mecanismo religioso hipócrita, de mentira, de crédito e débitos (que é um conceito muito utilizado pelo espiritismo), acreditar que aquele dinheiro que você doa a igreja vai se transformar em algum tipo de benção financeira é ingenuidade.

Abrindo o coração para você que acompanha essas postagens, sofro ao ouvir essas constantes afirmações, e é triste constatar que há tantas pessoas cegas, e que não procuram ler e discernir, mediante o Espirito Santo, a Palavra de Deus. Em um país como o nosso, com tanta gente passando necessidade, com um poder publico que ignora as necessidades básicas do povo, é ainda mais perverso constatar o que muitas religiões se dispõe a fazer em detrimento de uma suposta obra para Deus, e que na verdade serve de obra para o ego humano, para atrair seguidores, membros, que vão compor um circulo vicioso de poder, e manipulação da fé.

Não precisa de nenhum argumento sobrenatural para saber o que cada um deles diriam ao ler esse post. 
- " (1 Tm 5:17-180 Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino. Porque diz a Escritura: Não atarás a boca ao boi quando debulha. E: Digno é o trabalhador do seu salário". 
Algumas traduções trazem "dupla honra" ou "duplicada honra", não "dobrados honorários" ou "salário dobrado" como outras colocam no versículo 17. O sentido aí é tanto de serem duplamente honrados como duplamente recompensados, em especial os que trabalham na obra do Senhor, pois a continuação fala de sustento material. Mas não tem nada a ver com salário de pastor como vemos nas denominações. Nas coisas de Deus não há "empregados", mas pessoas que servem a Deus e que dependem de Deus.

Resumindo, uma assembléia deve reconhecer aqueles que foram chamados para a obra do Senhor e que deixaram oportunidades de ganho para se dedicarem a isso. Mas veja que não é um emprego, mas um reconhecimento. Uma pessoa que se diga na obra do evangelho pode nem mesmo ser reconhecida por uma assembléia, e a pessoa não poderá cobrar esse reconhecimento. 

A partir do momento que alguém decidiu trabalhar exclusivamente para Deus, é de Deus que deve esperar seus recursos. Se eles não vierem (através da assembléia, de irmãos individualmente ou de outra forma), então seu chamado não foi real, já que Deus não está suprindo assim. Ou então Deus pode estar querendo que ele trabalhe na obra, porém também faça algo para se sustentar, como Paulo fazia de vontade própria ao abraçar a profissão de fabricante de tendas.

Há irmãos que trabalham na obra do Senhor a maior parte do tempo e algumas assembleias e irmãos individualmente os ajudam nisso. Mas há casos também de irmãos que eventualmente precisam voltar a trabalhar em uma ocupação secular durante um tempo quando suas necessidades materiais aumentam, mas eles não podem requerer que os irmãos garantam seu sustento.

Isso é muito diferente daquele esquema faculdade de teologia = cargo de pastor + salário + benefícios. Portanto, creio que a pergunta que vem antes dessa é "o pastor que hoje é chamado de pastor é o mesmo pastor que encontramos na Palavra de Deus?"

Esse sistema teologia, eleição ou comissão para liderar uma congregação de cristãos com salário ou até sem salário, é posterior ao cristianismo bíblico e, no caso do protestantismo, foi copiado do catolicismo. 

O pastor, como está na bíblia, é um dom como é também o evangelista e o mestre. Os três são dons dados à Igreja, no sentido universal, e não local. Portanto, um pastor é pastor em todos os lugares onde existirem ovelhas, e não pastor de uma denominação (o mesmo para o evangelista e o mestre que ensina). O pastor como um cargo ou posição não existe em nenhum lugar na bíblia.  

O que existe hoje é um clero copiado do catolicismo que, por sua vez, copiou do judaísmo.

- Outro argumento sempre utilizado é: necessitamos de dinheiro para as necessidades da igreja; é preciso sustentar a obra de Deus.
No Antigo Testamento os israelitas faziam ofertas e davam o dízimo (em dinheiro ou em bens). Os recursos eram utilizados para os serviços do Templo de Jerusalém, manutenção da classe sacerdotal e também para socorrer os pobres. Na atual dispensação não encontramos o dízimo, mas encontramos as ofertas, e o destino não mudou muito: os recursos continuam sendo usados para a manutenção da obra de Deus e para socorrer os irmãos necessitados.

O que muda na atual dispensação (modo como Deus se relaciona com Seu povo) é que não temos um Templo de Jerusalém para manter, e nem uma classe sacerdotal. Mas temos necessidades na obra do evangelho, nas reuniões, no auxílio àqueles que saem para a obra e também, obviamente, nas necessidades pessoais dos irmãos mais pobres. 


Se uma assembléia (grupo de irmãos que se reúnem em nome do Senhor), necessita de recursos para as necessidades deve se dirigir aos irmãos para obtê-los mediante ofertas apenas e esse recurso deve vir apenas e exclusivamente daqueles que estão em comunhão. Ou seja, aceitar dinheiro de incrédulos, de políticos (com claras intenções de angariar votos), ou de qualquer um que não esteja em comunhão com a igreja não é bíblico.

Por Dirson JR

Sou cristão e tenho fé na obra expiatória de Jesus na cruz e no seu sangue como único direito de nossa aceitação perante Deus. Tenho fé que a Bíblia é a Palavra de Deus e é a única autoridade escrita na qual podemos nos apoiar. Reconheço o Senhorio de Jesus o Cristo, cabeça de seu corpo, que é a Igreja (Cl 1.18) sendo ELE o centro de minha vida, e que reconheço também a direção do Espírito Santo, nosso consolador,o qual nos guia a toda a verdade (Jo 16.13). O homem sem Cristo, está em seus pecados e é por natureza inimigo de Deus (Ef2.1-3), a salvação é um ato soberano de Deus (Ef 2.8), e que o homem é salvo mediante a fé, que é dom de Deus..

Esclarecimentos: O conteúdo deste blog traz indagações de cristãos sobre ensinamentos bíblicos, o intuito é esclarece-los baseado no que a Bíblia diz, tudo o que tenho aprendido com irmãos que não contradizem a Palavra de Deus e não colocam fermento em sua interpretação. As conclusões feitas aqui podem não se aplicar a todas as pessoas e situações. Não há a intenção de sugerir qualquer ingerência de cristãos na política e na sociedade, no sentido de exigir que as pessoas sigam os preceitos bíblicos. Os possíveis conflitos de opinião nao exime o autor de defender o respeito às pessoas de diferentes crenças e estilos de vida.

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