sábado, 5 de setembro de 2015

Como entender o jejum

"(Zc 7.5) Quando jejuastes e pranteastes no quinto e no sétimo mês, durante estes setenta anos, jejuastes vós para mim, mesmo para mim?"

Creio que o jejum para o Senhor não é aquele em que deixamos de comer, ou fazer qualquer coisa, para termos mais comunhão com Ele, mas exatamente o contrário. Creio que é ter tanta comunhão com Ele que tudo o mais passa para o segundo plano, inclusive o comer. Lendo Isaías 58 você verá que o jejum verdadeiro é o despojar se de si mesmo.

O jejum verdadeiro é algo tão íntimo que se uma pessoa contasse a você como ela faz o jejum, já não seria um jejum sincero, desconfie da sinceridade daqueles que proclamam aos quatro ventos que estão jejuando.
"(Mt 6.17,18) Porém tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto. Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará".
O primeiro jejum que aparece na Bíblia é o de Moisés, quando subiu ao monte para receber as tábuas da Lei, ficando quarenta dias e quarenta noites sem comer. Deus não instituiu um jejum na Lei dada aos israelitas. 
(Êxo 34:28)  E esteve ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.
O jejum deve significar uma separação da vida normal da carne para estar com o Senhor e dedicar-se exclusivamente a Ele.
(1Rs 19:8)  Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.
O primeiro jejum coletivo foi decorrente da humilhação vinda do fracasso e da derrota.
(Jzs 20:26 ) Então todos os filhos de Israel, e todo o povo, subiram, e vieram a Betel e choraram, e estiveram ali perante o SENHOR, e jejuaram aquele dia até à tarde;
A ímpia Jezabel também decregou um jejum em nome de seu marido Acabe, nas cartas enviadas ao povo, para dar um ar de religiosidade ao homicídio que estava prestes a cometer, mostrando que o jejum também pode estar conectado a atos de impiedade.
(1Rs 21:9-10) E escreveu nas cartas, dizendo: Apregoai um jejum, e ponde Nabote diante do povo. E ponde defronte dele dois filhos de Belial, que testesmunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei; e trazei-o fora, e apedrejai-o para que morra.
O primeiro jejum condicional, ou seja, do tipo em que se faz algo para se buscar o favor de Deus, foi quando Jeosafá proclamou um jejum em todo o Judá por causa da iminência de um ataque das forças inimigas.
(2Cr 20:3) Então Jeosafá temeu, e pôs-se a buscar o SENHOR, e apregoou jejum em todo o Judá.
Ao que tudo indica, apesar de não ter sido instituído na Lei, era um costume entre o povo de Israel e o próprio Senhor fala do jejum em uma passagem:
(Mar_9:29)  E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.

Jejuar é privar-se da gratificação de qualquer apetite físico. Há o voluntário (Mt 6:16-17), involuntário (At 27:33; 2 Co 11:27), associado à tristeza (Mt 9:14-15), oração (Lc 2:37; At 14:23), jejum e oração (Mt 6:16-18).

O jejum não tem qualquer mérito no que diz respeito à salvação, e nem dá a um cristão uma posição especial diante de Deus. Um fariseu certa vez gabou-se de jejuar duas vezes por semana, porém aquilo não lhe deu a justificação que buscava (Lc 18:12, 14). Mas quando um cristão jejua secretamente como um exercício espiritual, Deus vê e recompensa. Apesar de não ser ordenado no NT, o jejum é encorajado pela promessa de uma recompensa. Ele pode ajudar na vida de oração de alguém por afastar da pessoa a sonolência e o entorpecimento. Ele é valioso em épocas de crise quando se deseja discernir a vontade de Deus. E tem seu valor em promover a auto-disciplina. Jejuar é uma questão entre o indivíduo e Deus e deveria ser feito apenas com o desejo de agradar a Deus. Ele perde o seu valor quando é uma obrigação vinda de fora ou feito com o objetivo de se exibir.

Por Dirson JR

Sou cristão e tenho fé na obra expiatória de Jesus na cruz e no seu sangue como único direito de nossa aceitação perante Deus. Tenho fé que a Bíblia é a Palavra de Deus e é a única autoridade escrita na qual podemos nos apoiar. Reconheço o Senhorio de Jesus o Cristo, cabeça de seu corpo, que é a Igreja (Cl 1.18) sendo ELE o centro de minha vida, e que reconheço também a direção do Espírito Santo, nosso consolador,o qual nos guia a toda a verdade (Jo 16.13). O homem sem Cristo, está em seus pecados e é por natureza inimigo de Deus (Ef2.1-3), a salvação é um ato soberano de Deus (Ef 2.8), e que o homem é salvo mediante a fé, que é dom de Deus..

Esclarecimentos: O conteúdo deste blog traz indagações de cristãos sobre ensinamentos bíblicos, o intuito é esclarece-los baseado no que a Bíblia diz, tudo o que tenho aprendido com irmãos que não contradizem a Palavra de Deus e não colocam fermento em sua interpretação. As conclusões feitas aqui podem não se aplicar a todas as pessoas e situações. Não há a intenção de sugerir qualquer ingerência de cristãos na política e na sociedade, no sentido de exigir que as pessoas sigam os preceitos bíblicos. Os possíveis conflitos de opinião nao exime o autor de defender o respeito às pessoas de diferentes crenças e estilos de vida.

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