terça-feira, 7 de abril de 2015

O que é a teologia da libertação?




Em termos simples, a Teologia da Libertação é uma tentativa de interpretar a Escritura através do sofrimento dos pobres. A ideia era estudar a Bíblia e lutar por justiça social nas comunidades cristãs (católicas). Já que aqueles que tinham dinheiro eram muito relutantes em separar-se dele em qualquer modelo de redistribuição de riqueza, o uso de uma revolta populista foi incentivada por aqueles que trabalhavam mais perto dos pobres.

Alguns defensores dessa teologia admitem a possibilidade de Jesus pecar quando esteve no mundo. O contexto é todo voltado ao estabelecimento do Reino de Cristo no mundo mediante o esforço dos cristãos, individualmente, e da Igreja como uma instituição beneficente. Há inclusive afirmações que dizem que: "Deus mede a integridade de nossa fé por nossa preocupação para com os pobres... Se não existe preocupação com os pobres, não existe integridade de fé; as duas coisas andam juntas... Se você não alimenta o faminto e não veste o despido você vai para o inferno. É o que Jesus ensina".

O cordeiro do sacrifício, que era uma figura de Cristo no Antigo Testamento, devia ser sem mancha ou defeito. O pecado é um defeito com o qual nascemos e mesmo antes de pecarmos já somos pecadores por natureza. Se Jesus tivesse nascido pecador não poderia ser o sacrifício por nós. Seria preciso outro morrer pelo pecado dele.
" Heb_4:15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. 
O sofrimento é uma herança oriunda do pecado proveniente de Adão, assim como a  doença. O primeiro homem desobedeceu a Deus, por querer ser independente de Deus, e até hoje sofremos as consequências do pecado. Nascemos, ficamos velhos e morremos, quando a morte não chega antes, por algum acidente ou enfermidade. Quando o Senhor Jesus esteve no mundo, e logo após Sua passagem por aqui, foram feitas curas maravilhosas, a fim de chamar a atenção das pessoas para o fato de que Deus tinha uma obra ainda mais maravilhosa para os pobres pecadores: a Salvação eterna. Aquele tempo, quando o Senhor Jesus curava TODOS os que iam até Ele, já passou (não quer dizer que o Senhor não o faça nos dias atuais, mesmo quando é utilizado como mercadoria nas "igrejas", nessa cristandade corrompida). Mas a salvação perfeita e preciosa continua disponível a todo aquele que crê no Salvador. 




Deus Se fez homem e experimentou o que é andar por este chão, comer a comida que comemos, sofrer fome, sede, dor e abandono. E, mais que tudo, Ele sofreu a rejeição por parte de Suas próprias criaturas e, na cruz, Cristo foi abandonado pelo próprio Deus quando se fez pecado por nós. Existe alguém que tenha sofrido mais do que Ele? Ninguém!

A teologia da libertação quer que as pessoas ajudem os pobres como forma de ter a certeza de sua salvação, isso não é o evangelho. Ainda que ele tenha a boa intenção de estar insistindo para que os verdadeiros salvos tenham obras como consequência da salvação, um incrédulo irá pegar a mensagem pelo avesso e procurar cada dia fazer mais caridade por achar que é o caminho da salvação, ou pelo menos de torná-la evidente. Se boas obras fossem evidência da salvação os adeptos do espiritismo estariam "mais salvos" do que alguém que crê em Cristo e não tem o que mostrar.

Todos nós fatalmente teremos que encontrar com Deus.  O modo como nos encontraremos com Deus é o que conta.

A maneira como se fez a reapropriação da Palavra de Deus pelos pobres, em suas comunidades e círculos bíblicos fez com que eles aprendessem a comparar as páginas da Bíblia com as páginas da vida e dai tirassem consequências para suas práticas cotidiana. Ao ler os evangelhos e se confrontar com o Jesus de Nazaré,  perceberam a contradição entre a condição pobre de Jesus e a riqueza da grande instituição Igreja. 

A ideia de dar tudo para os pobres é muito bonita em tese, mas na prática devemos agir com sabedoria. Distribua todos os seus bens com os pobres e em um mês estarão todos pobres de novo. O argumento de que em Atos os cristãos vendiam tudo o que tinham e dividiam entre todos não procede e mostra um desconhecimento total do fato de o livro de Atos não ser um livro de doutrina, mas uma narrativa de uma época de transição entre o judaísmo e o cristianismo. Em Atos dos Apóstolos vemos exatamente isto, os atos e às vezes atos errados também. 

Analisando especificamente o ato de vender tudo e distribuir, primeiro vemos que era entre os irmãos que eles faziam isso, e não com o mundo pagão em geral. Segundo, aquilo era uma ação espontânea e não uma ordenança ou obrigação, e acontecia em um momento em que a igreja vivia seu primeiro amor e desfrutava do poder de Deus agindo sem os impedimentos que hoje temos. Quais? O fato dos cristãos estarem divididos em milhares de seitas e o mal ter se infiltrado em seu meio. Hoje qualquer um se diz "irmão", até o pregador da TV que só sabe pedir dinheiro. Você daria tudo a ele?

Um olhar cuidadoso verá que mesmo no livro de Atos as condições iam mudando e se adaptando conforme o mal começava a se introduzir na igreja. Eles começam vivendo em comunidade, tendo tudo em comum e vendendo e distribuindo entre si seus bens:
" Ats 2:44-45 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
Então vemos em Atos 4 que já não dividiam mais entre si, mas passaram a trazer aos apóstolos, para estes fazerem a distribuição. Lembrando mais uma vez que tudo acontecia dentro do círculo dos irmãos, e não era uma campanha para dividir tudo com todos os pobres dentre os pagãos. 
" Ats 4:32-35 E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns... Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
" Ats 5:11-13 E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas. E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos.... Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles; mas o povo tinha-os em grande estima.

A passagem seguinte deixa muito claro que tudo aquilo era um processo: primeiro eles dividam tudo entre si mesmos, depois passaram a entregar aos apóstolos para que estes determinassem como dividir, e agora vemos que homens são designados especialmente para a tarefa, deixando assim os apóstolos livres para se dedicarem à Palavra. Isto porque eles já não estavam na mesma disposição do princípio e já agiam de forma egoísta.

O belo da passagem é que todos os que faziam parte da igreja eram judeus ou prosélitos convertidos a Cristo, mas alguns eram judeus helenistas, isto é, vindos de uma cultura grega. Estes estavam sendo prejudicados na distribuição dos recursos e se você reparar nos sete homens que foram escolhidos para cuidarem da tarefa, todos eles têm nomes gregos: Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau. Mesmo em situações de falha do homem Deus age em graça.
" Ats 6:1 Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
Acho que nem preciso dizer que isso deixa claro que ocorria um processo. Hoje, quando não temos mais apóstolos e nem as condições de poder e unidade que haviam no princípio, não podemos ser ingênuos achando ser possível repetir o modo de vida da igreja primitiva, pelo menos no que se refereao tema acima descrito.

O que a Bíblia diz sobre o ato de dar?
" 2Co 9:7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, NEM POR CONSTRANGIMENTO; porque Deus ama ao que dá com alegria.
Parte IV - O que é a teologia da prosperidade?                                                                                              

Por Dirson JR

Sou cristão e tenho fé na obra expiatória de Jesus na cruz e no seu sangue como único direito de nossa aceitação perante Deus. Tenho fé que a Bíblia é a Palavra de Deus e é a única autoridade escrita na qual podemos nos apoiar. Reconheço o Senhorio de Jesus o Cristo, cabeça de seu corpo, que é a Igreja (Cl 1.18) sendo ELE o centro de minha vida, e que reconheço também a direção do Espírito Santo, nosso consolador,o qual nos guia a toda a verdade (Jo 16.13). O homem sem Cristo, está em seus pecados e é por natureza inimigo de Deus (Ef2.1-3), a salvação é um ato soberano de Deus (Ef 2.8), e que o homem é salvo mediante a fé, que é dom de Deus..

Esclarecimentos: O conteúdo deste blog traz indagações de cristãos sobre ensinamentos bíblicos, o intuito é esclarece-los baseado no que a Bíblia diz, tudo o que tenho aprendido com irmãos que não contradizem a Palavra de Deus e não colocam fermento em sua interpretação. As conclusões feitas aqui podem não se aplicar a todas as pessoas e situações. Não há a intenção de sugerir qualquer ingerência de cristãos na política e na sociedade, no sentido de exigir que as pessoas sigam os preceitos bíblicos. Os possíveis conflitos de opinião nao exime o autor de defender o respeito às pessoas de diferentes crenças e estilos de vida.

Perguntas para : respostaminutosdosenhor@gmail.com


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