Precisamos entender que a páscoa
é uma celebração instituída por Deus no livro de Exodo (12), para os israelitas
comemorarem sua libertação do Egito.
A palavra "páscoa"
significa, no original, "passar por cima". Exatamente o que o “Anjo
do Senhor” fez sobre a terra do Egito para livrar da morte nas casas assinaladas
com sangue nos batentes das portas, cujas famílias tivessem crido na Palavra de
Deus e sacrificado o cordeiro no lugar do filho mais velho.
Há uma relação daquele cordeiro e
sangue, que servem para nós como sombras e figuras do verdadeiro Cordeiro de
Deus, que derramou seu sangue na cruz para livrar do juízo eterno o pecador que
crê na Palavra de Deus e em Cristo como Salvador. Considerando que já temos o
verdadeiro "Cordeiro pascal", não precisamos de celebração. Simplesmente
por que a nossa páscoa não é uma celebração; nossa Páscoa é uma Pessoa:
"(1 Co 5:7)Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.
"(Hb 10:1-14) Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam... Então [o Filho de Deus] disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade... Na qual vontade temos sido santificados pela oblação [oferenda] do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus, daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. Porque com uma só oblação [oferenda] aperfeiçoou para sempre os que são santificados."
Nossa orientação está contida na
doutrina dos apóstolos, a celebração da Páscoa por cristãos, é uma tradição inventada
quatrocentos anos depois de Cristo, bem como a proibição de determinados
alimentos no período chamado de "Quaresma", não fazem qualquer
sentido hoje.
Isso ocorre em outras celebrações
emprestadas do judaísmo ou mesmo aquelas criadas com base em episódios
encontrados nos Evangelhos, como “Cristo Rei”; “Domingo de Ramos”; “Finados”; “
Natal”; “Pentecostes”; “ Quaresma”; "Quarta Feira de Cinzas", "Sexta-feira
Santa", etc., e também datas em homenagem a mártires e cristãos da
antiguidade, os chamados "santos". Veja como é claro o que digo acima,
no versículo abaixo:
"(Cl 2:16-17). Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo."
As pessoas fazem confusões quando
indagam os motivos pelos quais Jesus teria celebrado a Páscoa com seus
discípulos na ocasião em que acabaria instituindo a Ceia para celebrar sua
morte (que nem havia acontecido naquela ocasião). Não há nada o que indagar é até
bem simples de entender:
Jesus era judeu e seus discípulos também. Todos eles
viviam dentro do contexto do judaísmo e praticavam tudo o que ordenava a Lei
dada a Moisés. Por isso, quando Jesus curava alguém, ele ordenava que a pessoa
cumprisse o rito determinado na Lei, como neste exemplo em que ele cura um
leproso (Mc1:44). Do mesmo modo, Jesus ordenava que os judeus dessem o dízimo (Lc
11:42). Os pais de Jesus também eram
judeus vivendo no judaísmo, e por isso fizeram a oferta pós-parto exigida na
Lei (Lc 2:21-24). Leia e verá que por três vezes a Lei é mencionada, o que
indica que estamos diante de uma cena típica do judaísmo. O ritual de
purificação você encontra em (Levítico 12).
Se alguém acredita que os
cristãos devem realmente imitar o que faziam José, Maria, Jesus e seus
discípulos nos Evangelhos, então deve não apenas celebrar a Páscoa, mas deverá
sacrificar um animal que, obviamente, não poderá ser um bacalhau. Terá também
de circuncidar seu filho e, ao apresentá-lo no Templo, oferecer "um
cordeiro de um ano por holocausto, e um pombinho ou uma rola para expiação do
pecado" (Lv 12:6). Não se esqueça de entregar o dízimo de tudo, e procurar
os sacerdotes quando for curado de alguma enfermidade para cumprir os ritos
exigidos em casos assim. Isso é apenas alguns poucos itens da obrigação da Lei,
há muitas outras ordenanças ditadas pela Lei mosaica, e nem pense em apanhar
lenha no dia de Sábado pois a pena para o transgressor é o apedrejamento. Há um
complicador que é de grande dificuldade e que você encontrará é que a maioria
das ordenanças e cerimônias deverão ser cumpridas no Templo de Jerusalém, o
qual não existe mais. Não seja descuidado, não tente fazer essas coisas na
mesquita islâmica que agora ocupa seu lugar ou você será culpado de iniciar uma
guerra.
Será que é tão difícil entender o
que significa "edificar". Depois de ouvir a declaração de Simão, que
disse a Jesus:
"(Mt 16:16-18) Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", o Senhor lhe disse: "... edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela"
O verbo está no futuro do
presente do verbo "edificar", ou seja, construir algo que ainda não
existe. Se Jesus disse "edificarei a minha igreja" evidentemente não
poderia estar falando de algo que já existia no seu tempo. Será que é preciso
ensinar novamente a língua portuguesa aos cristãos.
Em Atos, e depois nas Epístolas,
aprendemos que a Igreja, que é o corpo de Cristo e inclui TODOS os salvos, e
não os membros de alguma organização chamada de "igreja" e criada por
homens. A Igreja começou no dia de Pentecostes, no capítulo 2 de Atos quando o
Espírito Santo desceu à terra, só depois de Jesus morrer, ressuscitar e ser
glorificado.
Em Coríntios, ao se referir sobre
pentecostes, nem Paulo, nem os irmãos em Corinto eram convertidos ainda, o
apóstolo explicou a eles que naquela ocasião eles haviam sido agregados de
forma corporativa a esse "um só corpo":
"(1 Co 12:12-13) Assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito."
por Dirson JR
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Sou cristão e tenho fé na obra expiatória de Jesus na cruz e no seu sangue como único direito de nossa aceitação perante Deus. Tenho fé que a Bíblia é a Palavra de Deus e é a única autoridade escrita na qual podemos nos apoiar. Reconheço o Senhorio de Jesus o Cristo, cabeça de seu corpo, que é a Igreja (Cl 1.18) sendo ELE o centro de minha vida, e que reconheço também a direção do Espírito Santo, nosso consolador,o qual nos guia a toda a verdade (Jo 16.13). O homem sem Cristo, está em seus pecados e é por natureza inimigo de Deus (Ef2.1-3), a salvação é um ato soberano de Deus (Ef 2.8), e que o homem é salvo mediante a fé, que é dom de Deus.
Esclarecimentos: O conteúdo deste blog traz indagações de cristãos sobre ensinamentos bíblicos, o intuito é esclarece-los baseado no que a Bíblia diz, tudo o que tenho aprendido com irmãos que não contradizem a Palavra de Deus e não colocam fermento em sua interpretação. As conclusões feitas aqui podem não se aplicar a todas as pessoas e situações. Não há a intenção de sugerir qualquer ingerência de cristãos na política e na sociedade, no sentido de exigir que as pessoas sigam os preceitos bíblicos. Os possíveis conflitos de opinião não exime o autor de defender o respeito às pessoas de diferentes crenças e estilos de vida.
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