Quando há uma tribulação sobre a humanidade como é o caso de uma PANDEMIA há 3 situações bastante distintas que se abate sobre 3 grupos de indivíduos
O 1° grupo é o dos incrédulos ou gentios, ou do mundo. É disto que trata (1Co 10:32) Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos (gentios), nem à igreja de Deus. Para este 1° grupo, os antropocentrico, ou seja, quando se coloca o homem no centro de todas as coisas, é comum faltar o chão de sob os pés da humanidade, aos poderes políticos, sociais e econômicos, todos são abalados e ninguém consegue enxergar uma luz no fim do túnel ou uma solução contra o inimigo invisível. Há sim uma confusão generalizada de informações e desinformação é nítido a preocupação com questões pessoais, ou seja, é a humanidade olhando para o próprio umbigo.
O 2° grupo é o dos religiosos é comum que estes se dobrem à perplexidade da situação, pois tem o hábito de colocar a sua esperança na mera resolução de problemas para continuar vivendo neste mundo como sempre viveu, o maior problema deste grupo é não conhecer o descanso que existe para aqueles que confiam no Senhor e nem o destino eterno assegurado para os que creem em Jesus. Quando se desconhece o evangelho e vive nas trevas da incredulidade ou na superstição religiosa de considerar a Deus como um talismã que resolve todos os problemas desta vida, quando isto não ocorre, sua crença começa a desmoronar. Note que atualmente o 1° e o 2° grupo se misturaram, por quê, a religiosidade também tem colocado o homem no centro.
O 3° grupo é o dos crente em Jesus. Como fica numa situação assim em que paira sobre si a ameaça constante da doença e da morte? É nesta situação que estamos agora. Não é nada complexo, vejamos em (Ef 1:3-5), pois aquele que crê no “Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade”, esse crente sabe que tudo pode naquele que o fortalece.
Ao falar em tribulação, esta precisamente a qual humanidades está passando, ela não tem relação com a grande tribulação.
Olhemos o que diz o próprio Senhor: "Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." (Mt 24:21).
Alguns podem pensar mas está PANDEMIA nunca houve algo assim... ledo engano há humanidade já passou por pandemias piores, sem contar as tribulações provocadas por guerras e por ditaduras cruéis pelo mundo.
Mas hoje não é a PANDEMIA o nosso foco, mas como ser cristão em tempos difíceis.
Eu tive a honra e a benção de conviver por 13 anos com o meu sogro, um homem de inúmeras qualidades, era possível ver nele algo do apóstolo Paulo, lembrem que Paulo descreve toda uma gama de experiências negativas e positivas, mostrando em quem estava o seu recurso. Ele disse: (Fp 4:12-13)“Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.”. O meu sogro e nosso irmão em Cristo, o Tiaozinho soube viver na alegria e na paz de Cristo em meio as tribulações pessoais e familiares...
Enquanto a pandemia tira a paz do mundo e coloca sobre cada habitante a perspectiva de morte iminente, o cristão sabe que também está sujeito, não só às doenças e sofrimentos, mas estas coisas têm nele um efeito distinto do incrédulo que ainda não teve a questão de seu destino eterno resolvida. A pandemia pode tanto servir de alerta para que percebamos a fragilidade de nossa existência e corramos para Jesus, como pode também servir para selar um destino de condenação eterna. Não posso afirmar, mas é possível que este seja um dos propósitos de Deus nessa PANDEMIA. Apesar de o vírus, a doença e a morte poder alcançar tanto o ímpio quanto o crente em Jesus, seus efeitos são diferentes naquele que crê.
Nós sabemos o que nos é assegurado em Cristo Jesus. Mas e o mundo?
O malfeitor impenitente a não recebeu de Jesus nenhuma promessa para sua transição da vida para o além, mas o malfeitor convertido ouviu a bendita palavra em (Lc 23:43).“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”. Para um a morte é sentença de juízo, para outro de libertação.
O que Pedro disse no dia em que a Igreja foi formada (At 2:22-24) “A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, [vós] prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.”
Vamos colocar ênfase em “pelo determinado conselho e presciência de Deus”, portanto como parte de um plano maior e concebido antes que o Universo tivesse sido criado. Esta é a parte de Deus, que tem tudo sob absoluto controle e dentro do que foi planejado. Em (Hb 4:13) “Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar".
Voltando a Pedro " [vós] prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.”.
Esta é a responsabilidade humana, e não importa se vírus tenha sido criado em laboratório ou extraído de um animal, no qual tinha uma função genética específica, para ser trasladado para o homem como um veneno mortal, coube ao ser humano mais esse ato de vandalismo contra a ordem e o equilíbrio das coisas criadas.
Mas felizmente aquele que crê em Cristo sabe que os olhos do Senhor estão sobre si, e nada que lhe venha a acontecer fugiu ao controle de Deus. Por isso fomos orientados a orar ao PAI no contexto: (Lc 11:2)“Seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.”. Mesmo que não consigamos entender um santo de Deus, um separado por Deus, sabe muito bem que a vontade de Deus é e sempre será a melhor, ainda que em nossa míope existência vejamos de outra forma.
Em uma situação de doença, oramos por cura, mas Deus mesmo conhecendo a nossa preferência, a nossa suplica, o nosso clamor, sempre prevalecerá à vontade de DEle. Veja que no momento de sua agonia, quando vislumbrava ter de carregar em seu corpo santo os pecados de todos os salvos e ser feito pecado na cruz, Jesus, o único Homem perfeito que jamais pisou este chão, orou ao Pai: (Mc 14:36).“Afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.”.
Esta é um oração atemporal. Marcos não escutou essa oração do Senhor e nem dos três discípulos, Pedro, Tiago e João, que o acompanharam ao Getsêmani, pois estes três estavam dormindo enquanto o Senhor orava. As palavras do Senhor foram reveladas a Marcos tempos depois pelo Espírito Santo, quando escreveu seu evangelho. Mas ainda que Marcos ou outros discípulos tivessem estado presentes ali, poderiam achar que essa oração não foi ouvida, mas foi.
Perceba em (Hb 5:7-9) “Jesus, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem.“
Neste versículo aprendemos que no seu extremo sofrimento e morte faziam parte de um plano muito maior, que incluía não ficar na morte e também garantir que os que cressem nele também fossem livrados desse terrível mal.
Paulo descreve em sua carta aos Coríntios:
(1 Co 15:51-57) “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” .
Costuma-se falar da paciência de Jó, mas se lermos o Livro de Jó veremos que ele tinha tudo, menos paciência, pois estava muito afligido. Jó fica o tempo todo reclamando de suas tribulações, não para as pessoas, mas para Deus, e aí que está a diferença entre o incrédulo e o crente. O incrédulo reclama de Deus para as pessoas; o crente reclama para Deus.
(Jó 42:5) Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem”.
3 são as bases que faz um cristão poder desfrutar de paz em meio a esse temporal.
1° por ter sob seus pés a Rocha inabalável que é Cristo.
2° por saber que Deus nada faz sem que tenha antes sido planejado, e isso pensando no benefício dos que lhe pertencem.
3° por ter somente o cristão o privilégio de se abrigar na própria presença do Senhor enquanto as ondas da incerteza, do terror e destruição sacodem o barco de sua breve travessia por este mundo.
O meu sogro se comportou desde o início da PANDEMIA com fé, com entrega, com paz, em oração pela família, e com a certeza de que tudo está sob o controle de Deus.
Qual o conforto que nós familiares, amigos e a igreja devemos ter em mente?
Que o estado do crente, a posição que o meu sogro ocupa agora e antes da ressurreição trata-se de um estado intermediário e passageiro. Jesus ressuscitado é "as primícias dos que dormem" (1 Co 15:20).
Jesus não foi lançado no sono da morte, ele está ressuscitado.
Ser testemunho é diferente de dizer um testemunho, é comum que crentes o façam, mas o testemunho deve levar as pessoas a olharem para Cristo, como vemos nos testemunhos de conversão dos primeiros cristãos. Alguns testemunhos não trazem nenhuma glória para Deus e só servem para expor as obras da carne e glorificar o homem, onde se evidenciam as mais horríveis experiências passadas, parece que quanto maiores forem, maior será a audiência.
Meu sogro foi testemunho vivo, em minha opinião é a forma mais eficiente de evangelizar. Quando uma pessoa observa o comportamento de um cristão diante das tribulações e olha para o mundo consegue perceber a diferença. Normalmente perguntará a si mesmo, por que este crente age desta ou daquela forma, isso não é comum, é nesta hora que começa a ficar evidente a presença do Espírito Santo no cristão. Não é preciso decorar versículos, ou mostrar erudição, ou mesmo fazer um curso de teologia. Agradeço a Deus e ao meu sogro por ter sido este testemunho vivo, em nome de nosso Senhor Jesus o Cristo. Amém
Por Dirson Jr
Sou cristão e tenho fé na obra expiatória de Jesus na cruz e no seu sangue como único direito de nossa aceitação perante Deus. Tenho fé que a Bíblia é a Palavra de Deus e é a única autoridade escrita na qual podemos nos apoiar. Reconheço o Senhorio de Jesus o Cristo, cabeça de seu corpo, que é a Igreja (Cl 1.18) sendo ELE o centro de minha vida, e que reconheço também a direção do Espírito Santo, nosso consolador,o qual nos guia a toda a verdade (Jo 16.13). O homem sem Cristo, está em seus pecados e é por natureza inimigo de Deus (Ef2.1-3), a salvação é um ato soberano de Deus (Ef 2.8), e que o homem é salvo mediante a fé, que é dom de Deus.
Esclarecimentos: O conteúdo deste blog traz indagações de cristãos sobre ensinamentos bíblicos, o intuito é esclarece-los baseado no que a Bíblia diz, tudo o que tenho aprendido com irmãos que não contradizem a Palavra de Deus e não colocam fermento em sua interpretação. As conclusões feitas aqui podem não se aplicar a todas as pessoas e situações. Não há a intenção de sugerir qualquer ingerência de cristãos na política e na sociedade, no sentido de exigir que as pessoas sigam os preceitos bíblicos. Os possíveis conflitos de opinião não exime o autor de defender o respeito às pessoas de diferentes crenças e estilos de vida.
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